quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Décimo primeiro dia fora da clínica

Dia 21/07 – Décimo primeiro dia fora da clínica

Escrito por Francine:

No trabalho está indo tudo bem. Fiquei um pouco deprimida com a reação de uma cliente ter falado de mim para outro veterinário. As vezes parece que estou deprimida por ter outro veterinário na outra loja a achar que estou com ciúmes. Gripada, Cansada. Vontade de não fazer nada. Fumei quatro cigarros. Falei com o Amauri, meu amigo, no telefone, e com a Carol. Ambos ligaram. Dormi cedo. Fiquei feliz ao falar com eles.


Quando a Francine esteve internada, na Pet Shop contrataram um outro veterinário, para não deixar sem nenhum profissional. Depois ele passou para a outra loja que eles tem, e ela voltou a trabalhar normalmente. Mas ela não gostava de comparações, tinha o seu jeito trabalhar, tinha experiência, era competente, mas não aceitava muito a opinião dos outros. Então, imaginem quando chegou uma cliente e começou a falar do outro veterinário? Ela ficou possessa! Os clientes gostavam muito dela. De vez em quando ela chegava em casa com algum presente. Outras ligavam para conversar, ou perguntar alguma coisa sobre o seu animal. Quando ela faleceu, ninguém se conformou, e muitos nem ficaram sabendo o verdadeiro motivo. E quem soube, não acreditou, porque ela nunca demonstrou nada de errado. Só que sabia era o pessoal que trabalhava com ela, e que ajudaram em todos os momentos.

Um comentário:

  1. Encontrei o blog através da PGM, no orkut, e fiquei muito sensibilizada com a história da Fran e com o momento delicado que a família de vocês atravessa. Tenho a mesma idade que a Francine e me identifiquei com muitas de suas angústias e anseios, acho que característicos da juventude, momento em que estamos na batalha por conquistar o nosso lugar no mundo. A ansiedade por resolver tudo rapidamente, aliada a vontade imensa de tirarmos prazer sempre, nos coloca a frente de caminhos que podem nos trazer consequências drásticas e muitas vezes sem uma segunda chance de poder consertar as falhas cometidas. Infelizmente com a Francine aconteceu exatamente assim, não houve chance de reparo, pelo menos nessa vida.
    Solidarizo-me com a dor da família Deschamps e parabenizo a Isabela por este ato humano e fraterno de publicizar essa dolorida história em prol daqueles que podem vivenciar esse mesmo problema.

    ResponderExcluir